D.JOÃO VI E A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA NO BRASIL (1808)
A vinda da família real portuguesa para o Brasil representou um passo importante para a nossa futura independência política.
Na primeira década do século XIX, as forças militares de Napoleão Bonaparte, tomaram a Europa, em nome dos ideais democráticos da Revolução Francesa. Napoleão tinha a intenção de dominar a Europa dividindo o continente entre aliados e amigos da França. Essa divisão foi levada radicalmente em 1806, quando foi declarado o BLOQUEIO CONTINENTAL por meio do qual pretendia sufocar a economia inglesa, que era principal adversário francês.
Bloqueio Continental foi instituído através de um decreto de Napoleão Bonaparte, assinado em 1806, proibindo os países europeus de receberem navios ingleses em seus portos e de venderem produtos a Inglaterra.
Com essa medida Napoleão Bonaparte pretendia enfraquecer a Inglaterra, privando-a de seus mercados consumidores e de suas fontes de abastecimentos. Aliado fiel do Império Britânico, Portugal viu-se no meio de um grave conflito internacional.Não podia virar as costas a Inglaterra, nem afrontar o bloqueio napoleônico.
A situação interna de Portugal apresentava dificuldades administrativas e políticas: falta de orientação do regente D.João nos assuntos de governo e divergência entre os partidários monárquicos e liberais. No plano externo a situação era bastante grave, devido ao expansionismo napoleônico e as ameaças a Portugal.
Portugal se encontrava sob o domínio econômico inglês desde o Tratado de Methuen em 1703.
O Tratado de Methuen foi assinado em 1703 entre Portugal e Inglaterra, em que Portugal abriria seus portos aos manufaturados ingleses em troca da compra do vinho lusitano.Isso implicou a dependência econômica e política dos portugueses com relação à Inglaterra.
Portugal na época era governado pelo Príncipe D.João, filho segundo de D.Maria I e Pedro III ( o primogênito D.José morrera em 1788) , como regente já que a rainha se encontrava interditada por insanidade mental desde 1792. Seu aspecto físico não o ajudava; o rotundo Bragança aparentava ser um débil, tanto que José Bonifácio lhe deu o apelido de "João Burro". No entanto o príncipe ocultava uma inteligência atilada por debaixo da timidez e morosidade de suas resoluções. Odiava-os, jogava entre si seus conselheiros e ministros, dividia para reinar, triunfava cansando seus adversários. Sua mulher, a Infanta Carlota Joaquina de Bourbons, filha mais velha de Carlos V da Espanha reunida um mau gênio intempestivo dos Habsburgo; não foram felizes.
O casamento de D. João e Carlota Joaquina
Feito por: Ana Paula S. Ribeiro
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